A doença de Alzheimer é uma enfermidade neurodegenerativa progressiva caracterizada por uma perda gradativa de memória e de outras funções cognitivas, como atenção e linguagem, o que pode acarretar dificuldades nas atividades de vida diária e na interação social do indivíduo.
A doença deve ser classificada em fases (leve, moderada ou grave) de acordo com as manifestações que o indivíduo apresentar. A perda de memória e de outras funções cognitivas trazem alterações de linguagem que acontecem concomitante à perda de apetite, ao desinteresse pela alimentação, e a outras questões associadas à senescência, como a ausência dentária e a flacidez geral da musculatura específica, que podem ser causa de uma alteração nos processos de mastigação e deglutição. Estes quadros caracterizam-se por dificuldades na comunicação e na alimentação, cenários em que a Fonoaudiologia pode atuar avaliando e tratando.
Nestes casos, as alterações cognitivas que trazem prejuízo à comunicação podem ser tratadas através de uma terapia fonoaudiológica que desenvolva estratégias para a melhor localização no tempo e no espaço, para memorizar dados importantes, como nomes de familiares e endereços, e para facilitar a comunicação do idoso.
As alterações de mastigação e deglutição, que podem causar engasgos, tosses e até mesmo quadros de pneumonia aspirativa, podem ser tratadas pela Fonoaudiologia utilizando estratégias para adaptar a rotina alimentar do paciente (desde a consistência e textura do alimento, até a preparação e oferta do mesmo), garantindo uma alimentação mais segura e eficaz.
Para que estas estratégias sejam desenvolvidas, indivíduos com Alzheimer devem passar por uma avaliação fonoaudiológica criteriosa, a fim de minimizar os efeitos da doença e melhorar a qualidade de vida, tanto para o próprio portador, como também de seus familiares e amigos próximos.
Alícia Moreira Barros
Fonoaudióloga – Biosete Neuro